quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Inexistência



A noite chama na janela
Aquela lua tão bela
E dentro do meu ser
Sofrer, amar, querer
Sofro muito
Amo muito
Quero tudo
Sofrimento profundo
Amor maior que o mundo
Querer e não ter você
Chorar, rir, viver, sobreviver
Se arrepender, se arrepiar
Ao ver você se afastar
A chuva cai
Varre as gotas da solidão
E você vive em meu coração
O sol volta a raiar
Iluminando o mar
Que dança com a lua nesta noite de luar
O vazio penetra lentamente meu corpo inerte
De defunto que ainda respira
As sombras me dominam
Me enchendo de você
Com lembranças que prefiro esquecer
Se tenho tudo, não tenho nada
Sou a dor e o sofrimento
Do amor que se perdeu
O diário esquecido no fundo do baú
O cofre vazio onde um dia viveu a esperança
E hoje só transitam traças e baratas
Sou a luz que nunca brilhou
O amor de quem nunca amou
O que vive de mim em você, nada
E nada eu sempre fui
Sem você, com você e por você
Me resumo em três palavras:
Sofrer, amar, querer.
E o que me resta é apenas:
Chorar, rir, sobreviver
Nesta noite estrelada
A minha inexistência é a marca registrada!

By Jane Alves - Janitcha

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